“É importante acolher e prevenir o suicídio na população autista”

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Pessoas que vivem com o autismo têm um risco até três vezes maior de se engajar em comportamentos suicidas. Autoras de livro orientam sobre sinais de alerta

 (Ilustração e foto: Ricardo Davino @ri.davino/SAÚDE é Vital)

Conforme o conhecimento científico sobre o transtorno do espectro autista (TEA) avança, maior o suporte disponível à saúde física e mental de quem vive com a condição. Algumas questões, porém, ainda são pouca explorada.

Uma delas é a necessidade de incluir pessoas autistas na pauta da prevenção ao suicídio, promovida pela campanha Setembro Amarelo e pelo Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, que acontece em 10 de setembro.

“Sabe-se que pessoas com TEA são um grupo de risco, já que apresentam até três vezes mais chances de engajar em comportamentos suicidas do que pessoas neurotípicas”, afirma Camila Corrêa Matias Pereira,

enfermeira e pós-doutora pela Université du Québec à Montréal, no Canadá.

Junto a também enfermeira Aline Conceição Silva, pós-doutoranda na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, em Portugal, elas coordenaram a publicação do e-book Prevenção do suicídio na população autista: sinais de risco e recursos para acolhimento.

“É importante abrir esse diálogo e ter um olhar mais atento para elaborar estratégias e evitar que sinais de alerta não sejam mal interpretados ou confundidos”, defende Aline Silva.

A obra é uma tradução e adaptação para a realidade brasileira de um material criado pelas norte-americanas Lisa Morgan e Brenna Maddox, da Associação Americana de Suicidologia (AAS).

A iniciativa partiu de estudantes de enfermagem da Universidade do Estado de Minas Gerais, em Passos/MG. O material recebeu apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e foi lançado neste domingo, 10. O livro está disponível para download nesta página.

Fonte: Veja saúde

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