Pernambuco tem 5 das 50 cidades mais violentas do país e Petrolina a terceira e maior cidade ficou de fora

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Foto: Reprodução

Cinco das 50 cidades mais violentas do país estão em Pernambuco, segundo a 17ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (20). Além disso, o estado registrou 3.423 mortes violentas em 2022, o que quebra uma sequência de quatro anos de redução do número de homicídios.

O fórum leva em consideração a taxa de Mortes Violentas Intencionais (MVI) nas cidades em que há mais de 100 mil habitantes.

A taxa corresponde ao número total de vítimas de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e mortes decorrentes de intervenções policiais a cada 100 mil habitantes.

Cabo de Santo Agostinho, que ocupa a quinta posição no ranking nacional, tem taxa de 81,2 homicídios para cada 100 mil habitantes, conforme os dados de 2022. A taxa média do Brasil foi de 23,4 mortes a cada 100 mil.

A lista com as 50 cidades mais violentas elaborada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública considerou apenas os municípios com 100 mil habitantes ou mais. Outras quatro cidades pernambucanas aparecem no ranking, com as seguintes taxas de homicídios por 100 mil habitantes:

  • Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata: 51,5;
  • São Lourenço da Mata, no Grande Recife: 50,3;
  • Garanhuns, no Agreste: 44,9;
  • Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife: 44,6.

Considerando o cenário nacional, Pernambuco teve a quinta maior taxa de assassinatos do Brasil e a terceira do Nordeste. Foram 37,8 mortes violentas a cada 100 mil habitantes, atrás apenas do Amapá (50,6), Bahia (47,1), Amazonas (38,8) e Alagoas (37,9).

Em números absolutos, Pernambuco registrou 3.423 mortes violentas em 2022. Desde 2018, o estado vinha reduzindo o número de assassinatos, após atingir um pico de 5.427 vítimas em 2017. A alta de 1,3% vai na contramão da média nacional, que reduziu em 2,4% as mortes violentas em 2022.

Petrolina, localizada no extremo-oeste de Pernambuco, é a única cidade analisada que, entre 2015 e 2021, sempre esteve com a taxa de CVLI por 100 mil habitantes abaixo da média de Pernambuco. O que aconteceu ? Um legado ou herança?

“A questão da segurança foi enfatizada em nossa primeira campanha de prefeito em 2016. Nós éramos o único grupo que falava em integração das forças, que os municípios precisavam ter atuação efetiva no controle da violência. Esse debate era evitado e colocado como dever único do estado por outros grupos políticos. Ninguém queria assumir essa conta”, afirma Miguel Coelho.

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