Empreendedorismo feminino tem negócios idealizados e comandados por mulheres

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Empreendedorismo feminino é o movimento que reúne negócios idealizados e comandados por uma ou mais mulheres.

Em um sentido mais amplo, ele pode ser entendido também como as iniciativas de liderança feminina, incluindo a atuação das mulheres em altos cargos dentro de empresas.

Isso porque o perfil empreendedor não se restringe às pessoas que abrem seu próprio negócio, mas está presente em qualquer profissional que tenha uma postura focada na determinação, coragem e inovação.

Ou, conforme define o Sebrae:

“Ser empreendedor significa ser um realizador, que produz novas ideias através da congruência entre criatividade e imaginação”.

O empreendedorismo feminino vai além dessa definição, representando uma quebra de paradigmas quanto à capacidade de liderança da mulher.

Assim, o empreendedorismo feminino vem ganhando força e apoio de organizações e pessoas por todo o planeta.

Como surgiu o empreendedorismo?

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Empreendedorismo surgiu há centenas de anos e segue em evolução

Não existe um consenso sobre a origem do empreendedorismo, provavelmente porque, desde os primórdios da História, a humanidade tenha evoluído por causa de ações empreendedoras.

Basta recordar o trabalho de antigas civilizações, como a egípcia, que culminou na construção das pirâmides sem as máquinas e recursos tecnológicos de que dispomos atualmente.

O século 15, época das Grandes Navegações, também foi marcado por façanhas protagonizadas por indivíduos com espírito empreendedor, nascidos em diferentes nações (Holanda, Portugal, Inglaterra, França, Espanha).

Dois séculos mais tarde, o economista irlandês Richard Cantillon utilizou pela primeira vez a palavra entrepreneur, da qual deriva “empreendedor”.

O termo descrevia, inicialmente, uma pessoa que assume riscos.

O conceito de empreendedorismo só foi explorado mais a fundo em 1942, quando outro economista, o austríaco Joseph A. Schumpeter, citou o empreendedor como uma figura essencial para o desenvolvimento da economia capitalista.

No livro “Capitalismo, socialismo e democracia”, Schumpeter afirma que o capitalismo é influenciado por uma força chamada processo de destruição criativa, fundamental para extinguir velhos produtos, metodologias e mercados e substituí-los por coisas novas.

O autor afirma que o empreendedor é o responsável por esse processo, sendo um agente de transformação.

Dia do empreendedorismo feminino!

Em 2014, 19 de novembro foi estabelecido como o Dia do Empreendedorismo Feminino pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Já em seu ano de criação, a data foi celebrada durante a Semana Global de Empreendedorismo, com atividades realizadas em mais de 150 países.

A ideia é atrair a atenção mundial para o impacto econômico e social do movimento, fortalecendo o protagonismo feminino.

O Dia do Empreendedorismo Feminino é uma das iniciativas coordenadas pela ONU Mulheres, braço da entidade que tem como objetivo unir, fortalecer e ampliar os esforços mundiais em defesa dos direitos humanos das mulheres.

A fim de diminuir a desigualdade de gênero, a ONU Mulheres atua em seis áreas prioritárias:

  • Liderança e participação política das mulheres
  • Empoderamento econômico
  • Fim da violência contra mulheres e meninas
  • Paz e segurança e emergências humanitárias
  • Governança e planejamento
  • Normas globais e regionais.

A importância do empreendedorismo feminino

O empreendedorismo feminino colabora para a construção de uma sociedade mais justa, gerando oportunidades de liderança para as mulheres.

Embora elas representem 52% da população brasileira, só ocupam posições de destaque em 13% das 500 maiores empresas no país.

Assumir o próprio negócio é uma forma de empoderamento e ascensão para cargos de liderança, com o potencial de mudar a realidade das empreendedoras.

É o caso de Cleusa Maria da Silva, fundadora da Sodiê Doces – famosa franquia de bolos artesanais.

Quando jovem, Cleusa trabalhou cortando cana de açúcar e como empregada doméstica.

Sua empreitada rumo ao sucesso começou quando, diante de um problema de saúde, a esposa de seu empregador, que fazia bolos sob encomenda, adoeceu e pediu que a ajudasse.

A experiência deu muito certo e, em 1997, Cleusa assumiu o negócio, inaugurando a Sodiê Doces em um imóvel de 20 metros quadrados na cidade de Salto, interior de São Paulo.

Anos mais tarde, a rede alcançou o status de maior franquia especializada em bolos artesanais do país, com mais de 300 lojas em 13 estados brasileiros.

Outro ponto que mostra a relevância do empreendedorismo feminino aparece em um levantamento do Sebrae, que revela que as brasileiras empreendem, principalmente, devido à necessidade de ter outra fonte de renda ou para adquirir a independência financeira.

Ou seja, os ganhos com o próprio negócio ajudam as mulheres a sustentar suas famílias, diminuindo ou acabando com sua dependência financeira quanto aos companheiros, por exemplo.

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