No Dia Mundial da Radiologia categoria pede reconhecimento profissional
Nesta segunda-feira (13), no Plenário da CLDF, o deputado Jorge Vianna (PSD) presidiu a solenidade em homenagem ao Dia Mundial da Radiologia. O parlamentar destacou que o trabalho vai muito além da simples operação de uma máquina e se disse feliz pela Secretaria de Saúde do DF dar oportunidades para os tecnólogos.
“Há 128 anos, o raio-X foi descoberto e isso foi revolucionário para a medicina. A radiologia é fundamental para a promoção de saúde e diagnóstico de pacientes. Durante a pandemia, aumentou a importância dos radiólogos, pois vocês são os olhos da medicina de imagem e sem vocês e uma imagem real, a ciência pode ser enganada.”
O deputado, que já deu aulas para alunos de Radiologia, questionou por que não há uma movimentação da categoria em busca de benefícios e acrescentou que deve haver avanços na luta por melhorias.
“Por que até hoje vocês não tem uma força respeitada pelo sistema de saúde? Vocês não podem ter o sentimento, por serem uma categoria pequena, de que não irão ser ouvidos e ter conquistas. Devemos buscar continuamente avanços que melhorem a precisão diagnóstica e reduzam a exposição à radiação”.
Gleidson Viana, representante de Saúde do DF, afirmou que a secretaria do GDF está em constante evolução na adesão, à secretaria, de novos profissionais de saúde como represetantes de diversas categorias para melhorias ao sistema.
“Temos tidos olhos para os avanços de carreira. A radiologia é uma área meio na jornada do paciente e, neste mundo cada vez mais tecnológico, o desafio é humanizar. Precisamos cada vez mais escutar o paciente e fazer essa interação, pois a radiologia é fundamental para a condução do diagnóstico e sucesso de tratamento.”
Jorge Vianna evidenciou ainda preocupação com os conselhos de saúde do DF e os motivos da ausência de conselhos de radiologia em todo o Brasil: “Estou perplexo com o que está acontecendo, por exemplo, na fisioterapia. Se criamos uma CPI e chamamos essas autarquias, todos deverão estar. Os conselhos não servem para estar lá só para cobrar a anuidade”.
Para a diretora-presidente do conselho nacional de técnicos em radiologia, Cassiana Crispim, a categoria tem travado lutas contra dificuldades e lutas por reconhecimento e representatividade.
“Nós queremos essa parceria com os parlamentares e nosso partido é a radiologia. Precisamos de apoio para ter conselhos em todo o Brasil, pois quem sofre é quem está trabalhando”.
Cassiana trouxe em pauta a defesa do PL 3.661/2012, para que o tecnólogo seja reconhecido como profissional da categoria. Além disso, destacou a necessidade de aumento de salário por lei.
Ubiratan Gonçalves, presidente do conselho regional de técnicos em radiologia, relembrou que os radiologos colocaram as vidas contra a Covid 19, e que, por vezes, ficaram sem reconhecimento.
“Esses profissionais são batalhadores e merecem não só salvas de palma, mas respeito. Nos deem equipamentos, nos deem condições, façam com que nós possamos dar à população aquilo que ela merece, pois temos a garra e decisão de dar à população do DF a saúde de verdade”.
“Pejotização”
Aparecida da Silva Sé, diretora do sindicato dos tecnólogos e técnicos em radiologia do DF, relembrou à categoria que, desde que foi ressuscitado, o sindicato está ‘largado às traças’. Ela cita a luta diária dos trabalhadores por um ponto de trabalho, por meio de PJ, e cobrou investimentos na saúde pública para abrir novas oportunidades aos profissionais.
“Somos quase 6000 profissionais na área da radiologia e na secretaria de saúde somos somente 400, pois, devido à terceirização, estamos em declínio. Vejo colegas se matando na ‘pejotização’ e a iniciativa privada, por ano, recebe quase R$ 20 milhões. Será que se fosse passado a nós esse valor, não seria melhor? não abriria concursos novos? Vamos lutar juntos.”
Já Ezequiel Pereira, diretor presidente da Associação Brasileira dos Tecnólogos em Radiologia, agradeceu aos educadores do Brasil por formarem grandes representantes das técnicas radiológicas, porém criticou a falta de investimentos.
“O que falta no nosso país é investimento público a nível federal e, principalmente, nas universidades. Hoje em dia, os tecnológicos só são formados por duas universidades e precisamos ampliar isso”.
Ezequiel reforçou a importância da categoria: “Em 2009 o museu público de Londres por meio de voto popular, elegeu o raio-x como maior descoberta da saúde. Temos que sentir orgulho da categoria, sejam médicos, técnicos, tecnólogos pois representamos muito para a sociedade mundial”.
Cristiano Rocha Dias, representante do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGES-DF), trouxe alguns dados referentes aos atendimentos em Santa Maria (DF) e cobrou equipamentos novos para que se ampliem os atendimentos.
“O bem tutelar que a gente preserva é o paciente. Em Santa Maria, pelo IGES, atendemos até 4000 tomografias, 6000 no raio-x, 1600 nas ultrassonografias e 850 mamografias, mesmo com um equipamento velho. Precisamos nos unir e colocar a radiologia lá em cima”, exaltou
Joás Benjamin (Estagiário) – Agência CLDF