Equador entra em estado de conflito armado interno após ataques de gangues

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O presidente do Equador, Daniel Noboa, decretou um estado de “conflito armado interno” no país contra grupos criminosos.

Foto: Reprodução/Twitter Forças Armadas

O que aconteceu?
Em decreto, Noboa determina que Forças Armadas realizem operações militares para “neutralizar” grupos. O documento, assinado hoje, mira 22 grupos criminosos no âmbito transnacional, chamados de “terroristas” no documento.

O país está sob estado de exceção após a fuga da prisão do criminoso mais perigoso do país, José Adolfo Macías Villamar. A medida possibilita a Noboa mobilizar por 60 dias os militares nas ruas e a entrada dos mesmos nas penitenciárias, bem como suspender direitos civis. Ele também ordenou um toque de recolher.

Mais cedo, um grupo de homens armados invadiu uma TV em Guayaquil durante programa ao vivo. As imagens mostram que funcionários da emissora foram feitos reféns durante a transmissão. Posteriormente, eles foram retirados pela Polícia do Equador, que também publicou uma foto com os suspeitos presos.

Estudantes da Universidade de Guayaquil relataram ter sido rendidos por criminosos. Imagens publicadas nas redes mostram correria na entrada da instituição e barricadas feitas nas portas das salas de aula que estavam com alunos.

O Ministério da Educação do Equador decretou que todo o sistema educacional funcionará remotamente até o dia 12 de janeiro. As aulas presenciais foram suspensas nos âmbitos municipal, estadual e federal.

Um hospital de Guayaquil sofreu ação criminosa. O jornal equatoriano El Universo ouviu relatos de que um grupo uniformizado roubou médicos e pacientes no hospital Teodoro Maldonado Carbo. A polícia chegou no local a tempo de evitar sequestros, diz a publicação.

Explosões e ameaças também foram relatadas na cidade de Cuenca. Um explosivo foi detonado próximo à casa do presidente da Corte Nacional de Justiça na madrugada de hoje, e segurança extra foi providenciada para os prédios públicos.

Policiais foram sequestrados em diferentes cidades do Equador. Quatro homens da Polícia Nacional do Equador foram feitos reféns nas cidades de Machala e Quito.

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