Avião com 379 a bordo bate em outra aeronave e pega fogo no aeroporto de Tóquio
Aeronave da Japan Airlines bateu na pista de pouso em avião da Guarda Costeira, que levaria ajuda a região atingida por terremoto. Segundo imprensa local, cinco tripulantes da aeronave da Guarda Costeira morreram, e piloto está em estado grave.
Um avião da Japan Airlines com 367 passageiros e 12 tripulantes pegou fogo após bater em uma aeronave da Guarda Costeira do Japão na pista do aeroporto de Haneda, em Tóquio, nesta terça-feira (2).
O choque gerou explosões instantâneas em ambas as aeronaves, que puderam ser vistas pelas câmeras do aeroporto. Imagens da TV pública japonesa NHK mostram o momento da colisão, que ocorreu quando a aeronave da Japan Airlines trafegava na pista de pouso.
A empresa aérea afirmou que todas as 379 pessoas a bordo da aeronave foram retiradas da aeronave a tempo. Segundo autoridades, 17 ficaram feridas, mas ainda não havia informação sobre o estado de saúde delas até a última atualização desta reportagem.
Segundo a rede estatal japonesa NHK e a agência estatal Kyodo, cinco dos seis tripulantes do avião da Guarda Costeira morreram no choque.
A Guarda Costeira japonesa disse que o piloto da aeronave conseguiu escapar e está internado em estado grave.
A colisão ocorre apenas um dia depois de um terremoto de 7,6 atingir a costa oeste do Japão, gerando alertas de “grandes tsunamis” e reacendendo no país o trauma pela tragédia do acidente nuclear de Fukushima em 2011, causado após um terremoto e tsunami atingirem o país.
O avião da Guarda Costeira estava na pista para decolar em direção à base militar de Niigata, na costa oeste do país, para levar ajuda às cidades atingidas pelo terremoto de magnitude 7,6 que atingiu a região na segunda-feira (1º), deixando 48 mortos.
O tremor gerou cerca de 50 réplicas ao longo da região de Ishikawa, no oeste do Japão, e alertas por tsunamis com ondas de até 5 metros. O alerta durou quase 24 horas e foi retirado na manhã desta terça.
Já a aeronave da Japan Airlines era um voo comercial com destino a Hokkaido, no norte, segundo a companhia.
O gabinete do primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, disse que o premiê estava reunindo informações sobre o que falhou para provocar o choque entre as aeronaves.